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25 de outubro de 2010

O livro do profeta Daniel é de um conteúdo profético extraordinário. Quanto mais se lê, mais despertamento a respeito dos tempos do fim. Observa-se no início do império gentílico, que foi visto através de uma estátua, cuja cabeça era de ouro, tempo do Império Babilônico, e Nabucodonosor era seu representante; depois do ouro, veio a prata, o bronze, o ferro, e termina com uma liga de ferro e barro. Vê-se claramente que a qualquer momento esta estrutura desabará e dará lugar ao reino milenar do Senhor Jesus.
“Os entendidos pois resplandecerão como o resplendor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as estrelas, sempre e eternamente. E tu, Daniel, fecha estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e a ciência se multiplicará.” (Dn 12:3-4).
A PROFECIA SE CUMPRE




Bem, mas qual o motivo deste assunto?
Despertar-nos para fatos que estão diante de nós, se cumprindo a cada instante e dizendo-nos: os reinos deste mundo chegarão ao seu fim. E para onde iremos?
Sempre, em qualquer época, haverá “entendidos”, como Daniel fala aos que estão se preparando nesta hora para dar o ensino da Palavra de Deus aos que querem uma vida que vale a pena ser vivida e que os levará à eternidade com Deus.
Em seguida Daniel adverte quanto aos sinais claros da proximidade do “fim dos tempos”: “… muitos correrão de uma parte para outra …” (Dn 12:4).
Isto é visto diariamente, quando grandes aeronaves se deslocam de um continente a outro, em viagens que atingem velocidades extraordinárias.
“… A ciência se multiplicará.” Em todos os setores esta multiplicação se vê e cresce diariamente. Na matemática, cálculos feitos, precisos, para envio de aeronaves aos planetas, bases espaciais feitas, controle deste universo através de satélites, de foguetes espaciais;
Na medicina, transplante de órgãos, descobertas de remédios que curam doenças antes tidas como incuráveis;
 Nos meios de comunicação, a telefonia celular, o computador, ligado a eles a Internet, a televisão que, como aparelho, apresenta novas formas, mais adequadas à modernidade.
Bem, Daniel fala a este respeito. E em que isto nos atinge?
A preocupação com nossas crianças, adolescentes, jovens, e até adultos, que podem ser envolvidos no lado perverso que estas descobertas são capazes de levar: destruição das mentes, da vida, e a morte espiritual, quando o empenho de Deus é dar ao homem vida eterna.
“O jovem entregue a si mesmo envergonha a sua mãe.” (Pv 29:15). Aquilo que nos cerca, que está muito perto de nós, tem que ser observado e orientado, a fim de que não resulte em vergonha.
O desenvolvimento da ciência é sinal do fim dos tempos e deve ser usado para bem e não para o mal.

Telefone Celular
É bom, mas há de se ensinar como usá-lo, porque ele age diretamente dentro do ouvido.
Ouvi de pais que viram atitudes perversas, dissimuladas, nos filhos, vindas de amigos,  que usavam o celular para marcar encontros em lugares impróprios, para se mostrarem adultos; tudo em horas perigosas, e aos pais diziam estar fazendo trabalho de classe com colegas.
 Telefones celulares com jogos que não trazem nenhuma edificação: são de brigas, morte e quanta coisa se inventa para ganhar dinheiro à custa dos indefesos.
Telefones celulares, ouvido a ouvido, clicando piadas imorais, que pervertem o íntimo do ser. Horas perdidas em conversas destrutivas nos quartos fechados, e os pais pensando que estão estudando ou dormindo.

Computador
É uma descoberta tão boa que dificilmente jovens hoje conseguem emprego sem saberem usá-lo. Mas há o alerta porque é olho a olho.
O que estão vendo? Pornografia; salas de bate papo, para conversas sobre todo tipo de assunto, de encontros sexuais virtuais; apresentação, através de blogs, em que meninas se oferecem com roupas insinuantes, suas fotos são divulgadas para atrair, tudo isto um mau uso.
 Os pais que querem suas crianças  e adolescentes para Deus, querem preservá-los deste mundo de trevas, para viverem como astros que brilham o brilho do Senhor, têm que estar vigilantes.
Estamos dando pinceladas sobre estes assuntos, a fim de que os pais não se iludam, mas que orem, jejuem, pelos seus filhos e mostrem os perigos que estão escondidos nestes meios de comunicação que, mal usados, levam até à morte espiritual.
As igrejas do Senhor estão trabalhando em favor da criança, do adolescente e do jovem. Os pais recebem esta grande ajuda, um apoio que não se vê no mundo. Se puserem em prática, terão vitória sobre o mal que os quer atingir.

Televisão
A TV reflete o nível mental da sociedade longe de Deus, que não respeita mais nem sequer os horários em que as crianças estão presentes.
As novelas são baixas, a mensagem amoral, gritaria, o bater de portas, o espírito irado, falsidade, torturas, vinganças, assassinatos, os eternos triângulos amorosos, homossexualismo, tudo que teríamos horror, se acontecesse em nossos lares.
E os pais? Alguns vendo, permitindo que seus filhos vejam, participem, acham que seus filhos são maduros, não serão atingidos pelo que vêem. Grande engano. Os neurônios despertados, os pensamentos perturbados e atitudes que se manifestam de repente.
“O homem que anda desviado do caminho do entendimento, na congregação dos mortos repousará” (Pv 21:16).

C. S. Louis, em seu livro “Cartas do Inferno”, cita que toda trama contra os judeus, em que seis milhões foram mortos, foi arquitetada em salões atapetados, com cortinas ricas e mulheres e homens muito bem trajados. E neste ambiente Hitler foi usado pelo maligno para assinar estas mortes usando meios cruéis.
Como é o ambiente destas novelas? Casas suntuosas, carros de luxo, bares íntimos onde, no auge dos gritos e insultos, buscam as bebidas destruidoras, servidas por mordomos a rigor.
Neste ambiente está representado um lar, uma família que se desfaz pela insegurança, infelicidade. É o lixo da sociedade decadente.
E as apresentadoras de programas para crianças e adolescentes? Mulheres carregadas de pecado, vividas em pecado, sem compromisso com as pobres crianças, que pulam e gritam como fantoches aos seus comandos. Qual o compromisso delas para com o seu auditório? Só têm compromisso com o cheque do contrato financeiro.
A televisão tornou-se uma ferramenta na mão do adversário, e ele está sabendo usá-la muito bem. Resta que os servos de Deus saibam se defender.
Chegou às minhas mãos o relato de uma professora de uma criança de 4 anos, que havia assistido o desenho da Disney “A Espada era a Lei”, onde um mágico, chamado Merlin, apresentava-se fazendo mágicas. Passados uns dias, ele disse à sua mãe: “- Eu não preciso mais de Jesus, pois poderei resolver tudo com mágica, como Merlin”.
Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicários, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte.” (Ap 21:8).
“Entre ti se não achará quem faça passar pelo fogo o seu filho ou a sua filha, nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; Nem encantador de encantamentos, nem quem consulte um espírito adivinhante, nem mágico, nem quem consulte os mortos.” (Dt 18:10-11).
E o que a TV apresenta diariamente? Bruxarias, feitiçarias, consulta aos mortos, tudo isto proibido por Deus, nosso pai Eterno. Crianças e adolescentes não têm capacidade psicobiologia para analisar e discernir as mensagens colocadas em vídeo sem nenhuma estrutura moral.
A TV, usada sem orientação, é um mal terrível.
Poderia citar inúmeros exemplos tristes, mas o importante é que os pais tementes a Deus não entreguem seus filhos à disposição delas para destruir os sentimentos nobres que aprendem do Senhor, pela Sua Palavra.
A Obra que Deus está fazendo nesta hora que antecede a volta do Senhor Jesus é maravilhosa. Reuniões em que crianças, adolescentes, jovens, estão sendo batizados com o Espírito Santo, participam dos cultos a Deus com alegria, evangelizam e freqüentam seminários. Em 2006 tivemos, em todo o Brasil, cerca de 233.000 crianças e adolescentes que participaram de diferentes eventos.
Sejamos sábios.
“O temor do Senhor é o princípio da sabedoria …” (Pv 1:7).

23 de outubro de 2010

O relativismo, a verdade e a fé

O relativismo, a verdade e a fé
O que é o relativismo?

O que é verdade?

O que é a Fé?

O Relativismo e o conhecimento
 

O relativismo é um combate à fé, é mais do que um insulto à verdade, assume-se como uma feroz tentativa de invalidar todos os seus atributos. Este artigo é a necessidade, súbita e genuína, de desmascarar uma filosofia que persegue o poder de um perfume, o da fé, e que tenta invalidar os efeitos na vida daqueles que amam e conhecem Jesus como a Verdade: “Jesus disse-lhe: Eu sou… a Verdade…” (João 14:6).


O Relativismo é a filosofia que defende a existência de “várias verdades”. Alguém escreveu que quem defende o relativismo acredita sinceramente que está errado, e sabendo do seu erro, procura salvá-lo através da confusão. Defendem esse princípio vestindo-se de uma ilusoria modéstia, afirmando que a sua verdade pode não ser a verdade. Aceitar isso é comprar o bilhete de entrada para o erro. O relativismo é tão diverso quanto o pode ser a natureza dos fenômenos a propósito dos quais se exercem os juízos individuais ou coletivos.
O Relativismo apresenta-se então como uma exaltação da alteridade. A verdade não é relativa ao espaço, ao tempo, à cultura, à história, à ideologia e por aí adiante. A verdade é única e existe aquém da nossa compreensão, e oveículo que a transporta é a fé. O relativismo impõe uma forma de pensar racionalista, porém a fé não é uma escola de pensamentos, de ideias ou opiniões. Apesar de a fé não ter fronteiras nem limites na sua atuação, ela não negocia a verdade que a fundou.

O que é o relativismo?
Teoria segundo a qual nada é absolutamente verdadeiro e depende, como os gostos e as cores, da individualidade de cada um ou do ponto de vista em que nos colocamos. O seu princípio foi formulado na Antiguidade por Protágoras. Ele afirmava que “o homem é a medida de todas as coisas”, ou seja, nada é verdadeiro senão em relação a nós.
O que é a Verdade?
“Jesus disse-lhe: Eu sou… a Verdade…” (João 14:6)
“Santifica-os na Verdade; a tua Palavra é a Verdade.” (João17:17)


O que é a Fé?
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem.” (Hebreus 11:1)
O relativismo e o conhecimento
O relativismo esconde-se atrás da pseudoliberdade de reflexão e de opções. Não há dúvidas de que o escolher uma filosofia de pensamento é um direito inegável da pessoa humana. No entanto, somente a fé é o conjunto de experiências e evidências indo sempre em direção à eternidade. O relativismo, na sua prática, separa promovendo divisão. A fé é contrária: na sua execução é um agente que une.
No relativismo todo conhecimento é dependente de outro conhecimento ou se encontra dependente do ponto de vista do sujeito. O relativismo altera os valores. Isso pode resultar numa perigosa anarquia intelectual e, sobretudo espiritual, que trava uma das formas da criação mais características do ser humano: a sua vontade de escolher, de se posicionar.
Deus elegeu Jesus como a única e absoluta Verdade. Essa é a escolha e a dependência da Igreja Fiel. O papel da verdade não é ir contra convicções culturais, religiosas ou espirituais, esse sim, é o rosto do relativismo. A verdade não agride, não causa incômodo. A verdade é um alívio: “(…) conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32).
Para o relativismo, a verdade de cada um é campo de legitimidades, e que não se deve fechar à verdade dos outros, podendo haver espaço para várias verdades. A verdade para o relativismo é o lugar da ignorância, é uma linguagem que se adapta ao passado. A verdade para a Igreja Fiel tem um nome: Jesus; e uma história: sua morte e ressurreição. A história da verdade é eterna, com essência de valores e esperanças.
Para a Igreja Fiel a Verdade é a transmissão de uma herança, cumprimento de uma profecia, anúncio de um futuro. A igreja faz da Verdade um manto que a cobre e com o qual, ao mesmo tempo, cobre cada passo que ela dá.

21 de outubro de 2010

A família constituída por Deus
A família é uma benção especial do Senhor para a vida do homem. Em Êxodo 1:21 vemos que por causa do temor das parteiras que salvaram da morte os filhos dos hebreus, Sifrá e Puá, Deus lhes deu uma benção, uma recompensa muito especial. Descubra qual foi esta recompensa?
 
Porque as parteiras temeram a Deus, Ele lhes constituiu família.

Mas antes de falar da família, é mister fixar alguns parâmetros e tecer alguns comentários que nos ajudam a entender a finalidade da família, sua formação, seu aspecto profético e pedagógico na salvação do homem.
A Bíblia diz que a sabedoria do homem é totalmente nula porque Deus “apanha os sábios” em sua própria astúcia ( I Coríntios 13:19). As respostas prontas e elaboradas pela razão humana não consideram o fator “Deus”, ou seja, não consideram que Deus criou o homem.
O homem gasta um tempo enorme, uma energia mental incalculável, pesquisas trabalhosas e extensas, escreve tratados e mais tratados psicológicos, sociológicos, médicos e filosóficos, tentando entender a causa dos males que atingem o âmago de sua existência. Mas esquece de que a resposta de Deus sempre esteve muito perto e acessível, contudo significava para os “sábios” deste mundo uma loucura, exatamente porque, para eles, a cruz de Cristo é uma resposta insana e fantasiosa.
 A salvação do homem
Em Romanos, capítulo 10, o apóstolo Paulo fala sobre a salvação do homem que pode ser entendida, em última análise, como resolução de todos os seus problemas e não apenas como redenção da sua alma. Observe-se que ali diz que a palavra da salvação, isto é, a proposição divina para a resolução dos problemas da humanidade, estava muito perto do homem, mais especificamente, na sua boca e no seu coração (Romanos 10:8). Ou seja, bastava uma pequena palavra de fé, a profissão de um credo fundamental, uma confissão apenas: que o homem é pecador e que Cristo morreu para nos salvar.
A natureza decaída do homem é um dado que não pode ser deixado de lado na avaliação das grandes angústias humanas e dos seus efeitos danosos. Qualquer proposição moral, ética, filosófica, pedagógica ou clínica que passe longe deste tal fato ou que o despreze deliberadamente, pode até ser muito eloquente, muito atraente, permeada de uma lógica aparentemente irretocável, mas não passa de cortina de fumaça e de nenhum valor prática na resolução efetiva dos problemas humanos.
 Uma sociedade doente
A sociedade moderna está terrivelmente doente e a origem primeira e mais remota desta enfermidade, sem dúvida, é o pecado. Uma das primeiras estruturas a ser atingida pela rebelião do homem foi a família porque o homem não hesitou em atribuir culpa à companheira que Deus lhe dera, como se estivesse a dizer indiretamente que a culpa era do próprio Deus.
A mulher, por sua vez, jogou a culpa na serpente e assim ambos, homem e mulher, se recusaram a admitir explicitamente que desobedeceram de forma deliberada a ordem prévia do Senhor, estabelecendo aí o primeiro germe da discórdia e da confusão reinante desde então. Veja, pois, que o primeiro pecado foi gerado dentro de uma família.
Com efeito, hoje em dia, poucos são os que diante dos problemas familiares tem o bom senso e a sabedoria de admitir que errou. Pais não admitem que erraram na criação de seus filhos. Filhos não admitem que faltaram com a obediência e respeito aos pais.

Uma das primeiras consequências do pecado foi: “o desejo da mulher será para o teu marido e ele te governará” (Gênesis 3:16). Ninguém, atualmente, contesta que a mulher moderna tem abocanhado uma boa fatia do mercado de trabalho e que a competição entre os sexos quanto à competência, inteligência, produtividade etc. já perdeu o sentido porque a mulher tem demonstrado ser tão ou mais capaz que o homem em qualquer área. Mas há um dado significativo da realidade que precisa ser lembrado: a mulher tem pago um altíssimo preço nesta sua busca por independência financeira e social.
A depressão é uma das doenças psicossomáticas mais comuns do século e tem atingido mulheres de todas as idades. A síndrome do pânico deixou de ser uma enfermidade desconhecida, tornando-se já corriqueira em mulheres das classes A, B ou C em pequenos, médios ou grandes centros urbanos. O estresse feminino também é muito comum, acompanhado de sintomas de baixa-estima, inapetência sexual, desinteresse pela vida, desânimo, reações corporais difusas etc.
Prova disso é que a maioria daqueles que buscam socorro espiritual em igrejas são justamente as mulheres. É grande o número de mulheres que buscam as famosas sessões de descarrego, de cura, de campanhas de vitórias etc.
Deus disse que o desejo da mulher seria para o teu marido e que este a governaria. A mulher moderna tem ojeriza ao ouvir dizer que deve ser submissa ao marido e zomba da Palavra de Deus ao ler I Pedro 3:1 ou Colossenses 3:18. Mas as consequências da desobediência à Palavra de Deus são estes males que a mulher moderna está colhendo: multiplicação de enfermidades psicossomáticas, insatisfação e pensamentos de morte porque a sua estrutura psíquica e física não foi criada para suportar tamanha pressão.
 Consequências da desobediência
Reflexamente, o homem tem acusado também as consequências da desobediência da mulher porque muitos se sentem inferiorizados e diminuídos. Alguns abdicaram do papel heterossexual e em alguns casos homens trocaram com as esposas o papel masculino e feminino na educação e formação psicológica dos filhos, invertendo-os, resultando em graves distúrbios psicológicos para aqueles.
Outra consequência funesta: Caim teve inveja de Abel, seu irmão, porque este entendeu a revelação retratada no ato simbólico e profético da morte do cordeiro. As relações, sejam entre seres humanos ou entre nações, são sempre baseadas em interesses de parte à parte e, se às vezes parecer haver algum período prolongado de altruísmo, companheirismo e solidariedade, basta surgir algum interesse mesquinho para que homens e nações acabem em escaramuças e guerras.
A triste história destes dois irmãos prenunciava uma constante dissensão no meio familiar. Jesus, no sermão profético disse que nos últimos dias pais entregariam a seus filhos na grande tribulação e vice-versa. Também disse que os cristãos seriam perseguidos dentro de suas próprias casas.
Sem pesquisar a origem da família, sua função, sua finalidade, quem a criou, como a criou, não há como entender integralmente o projeto de Deus para o homem, a benção da salvação e redenção universal em Cristo Jesus. Pela lente da família é que podemos entender melhor como Deus idealizou um plano maravilhoso e cauteloso e o está colocando em prática desde o início. Tudo na criação e formação da família tem um fundo profético admirável que nos ensina sobre a nossa salvação.
Não é, pois, exagero dizer que o plano da salvação passa necessariamente pelo viés da família. O homem veio ao mundo para formar uma família. O pecado atingiu profundamente a primeira família. A nação de Israel teve origem por meio de uma família e a Abraão foi dito que todas as famílias da terra seriam nele abençoadas. Jesus veio ao mundo no seio de uma família. Josué disse que ele e sua família serviriam ao Senhor. O carcereiro de Filipos foi salvo e batizado juntamente com sua família. A proposta de vida ou morte, benção ou maldição feita por Deus no deserto ao povo de Israel (Deut: 30:19) foi feita a ”ti e a tua descendência”.
 A família criada por Deus
Deus idealizou a família ao criar homem e mulher e ao determinar a ambos: “sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a“ (Gen. 1:28). Não haveria como homem e mulher povoar o mundo e sujeitar o restante da criação sem que concorressem ambos de forma harmoniosa para se autorotegerem, se autossustentarem, autoconsolarem e autossubsistirem. Isto deixa bem claro que homem e mulher não foram criados simplesmente para encher a terra de filhos, sem qualquer cuidado com a união em si.
Os animais vivem assim: procriam exclusivamente como forma de perpetuação da espécie, mas a união do homem e mulher tem uma função muito mais abrangente, complexa e cheia de significados proféticos.
A mulher foi criada porque Deus viu que o homem estava só e isto não era bom. Todos os demais atos da criação foram contemplados com a expressão “e viu Deus que isso era bom”. Quando Deus criou o homem viu que este estava só e certamente isto não era bom aos seus olhos.
Isto não quer dizer que esta criação de Deus era imperfeita (porque tudo que Deus faz é bom e perfeito). Significa que este detalhe (que não era bom o homem estar só) foi idealizado porque era profético, isto é, contém um significado que edifica, ensina , exorta e aponta para uma figura real do que ocorre em uma dimensão espiritual superior e mais abrangente.
Da mesma forma, quando Jesus curou o cego de Betsaida (Marcos 8:24) e este voltou não vendo muito bem (porque via homens como árvores que andam), isto não quis significar que Jesus efetuou uma cura sem poder ou imperfeita, mas sim que ali continha um ensinamento que a palavra revelada nos traz nos dias de hoje.
Voltando ao detalhe acima indicado, é bom lembrar que a obra da criação não havia ainda terminado e da mesma forma a obra de redenção que Deus quer realizar também não está ainda terminada. Então, como numa história cíclica, recorrente, como num padrão, vemos um paralelo maravilhoso entre a obra da criação do homem e da mulher e das bodas do Cordeiro e sua noiva. A obra da redenção somente estará acabada quando a Igreja for tomada do lado de Jesus.
A igreja teve início quando o lado de Jesus foi transpassado e dali jorraram água e sangue. , significando que a benção do Espírito Santo e o poder do seu sangue estavam agora liberados para permitir o surgimento da igreja. Por isso dizemos que a obra da redenção somente chegará ao fim quando a Igreja fiel for “tomada” do lado de Jesus.
A realidade espiritual e a criação
Enquanto o homem dormia, Deus tirou uma costela sua e criou a mulher, apresentando-a posteriormente ao homem. Da mesma forma, desde a ascensão de Jesus aos céus, uma Igreja está sendo “formada”, “preparada” para ser apresentada a Ele no arrebatamento. Assim como o homem estava dormindo, descansando no Senhor, assim também Jesus está agora à destra de Deus descansando junto ao Pai e aguardando o momento de receber sua noiva adornada.
A mulher foi tirada da costela do homem porque foi projetada para estar sempre ao lado do homem, sendo consultada em todas as decisões importantes que o homem tem que tomar. Também foi tirada da costela do homem porque deve sempre estar perto do centro dos afetos do homem: o coração. A mulher sábia conhece o seu marido e sabe interpretar seus afetos, desejos e angústias.
A mulher foi criada da costela, osso que fica num lugar seguro no corpo humano, protegido pelos braços. É para isso a mulher foi feita: para estar debaixo do braço do homem, para ser protegida. Por mais independente que a mulher moderna queira ser, há uma necessidade física e psicológica de proteção e aconchego.
E, por fim, ela é carne de sua carne e sangue do seu sangue porque deve ser respeitada e amada pelo homem como este cuida do seu próprio corpo.O apóstolo Paulo utilizou esta figura de linguagem para dizer que o marido deve amar sua esposa: “Assim também os maridos devem amar a sua mulher como ao próprio corpo” (Efésios 5:28). Quem ama a esposa a si mesmo se ama.
Ora, a igreja fiel anda sempre ao lado de Jesus. A Igreja Fiel, tal como o apóstolo João, reclina-se sobre o peito de Jesus e quer ouvir o pulsar do seu coração, o centro de seus afetos, suas orientações, as profecias etc. A Igreja neste mundo passa por aflições e é perseguida, mas se sente confortavelmente protegida pelos braços de Jesus. Por fim, tal como os de Judá disseram a Davi que o “rei é nosso parente” (II Samuel 19:42), assim a Igreja Fiel tem um laço de parentesco com Jesus que é indissolúvel.
A desestrutura na família
É interessante notar o paralelo que há entre a realidade espiritual e a material na Criação. Fomos feitos imagem e semelhança de Deus e, assim, também a família foi idealizada para refletir a imagem e semelhança da harmonia que há entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Refletindo a desestrutura na família e a inversão dos papéis no seu interior, há igrejas que supervalorizam a obra do Pai, outros a obra do Filho e outros a obra do Espírito Santo. Há igrejas onde os adeptos parecem “ordenar” a Deus Pai que satisfaça os seus desejos, sejam eles quais forem, até mesmo os mais mesquinhos e escusos. Há também aqueles que inseriram a mãe de Deus na trindade, criando um “quarteto fantástico”, coisa que a Bíblia não autoriza: esta ordena ao Filho Jesus, que a obedece.
A família de hoje e sua crise reflete também toda a desordem que se estabeleceu quando da entrada do pecado no mundo. O lado positivo do paralelo é que podemos verificar na Bíblia a forma como a família foi originalmente idealizada, o papel de cada um na sua dinâmica interior, por meio dos antítipos registrados na história e aplicar os princípios que Deus havia estabelecido para ela.